Com apoio de fotos e vídeos de três experiências distintas, uma na África do Sul, outra na Serra da Mantiqueira e um acampamento de férias no interior do estado de São Paulo, uma roda de conversa foi organizada com o intuito de promover a troca de experiências e provocar reflexões sobre o conceito de Educação Viva. A atividade aconteceu na Virada Educação na tarde de sábado, do dia 20 de agosto, e reuniu um grupo de cerca de 15 pessoas, entre eles, educadores, estudantes e pais e mães.
Como criar um ambiente educacional no qual a criança ou o jovem possam estar inseridos numa realidade de total autonomia na hora de fazer escolhas, trabalhar com resolução de conflitos, tudo com respeito e responsabilidade? Para Bruno Andreoni, educador e facilitador de processos vivos de comunicação com consciência na In Totum e fundador da Veio de Lá, educação viva é um processo no qual a convivência com o próximo está diretamente relacionada a descoberta e o desenvolvimento da nossa própria individualidade. Bruno compartilhou sua experiência de anos como monitor do Acampamento Paruru, no interior de São Paulo.
Roberta Rodrigues Alves, psicóloga e educadora, mestre em Prática Social Reflexiva morou na África do Sul e participou da criação da New Muizenberg School, uma escola autônoma. Durante o encontro, ela contou sua experiência de como um grupo de mães se juntou e criou um novo formato de educação para seus filhos. “Convidamos uma professora para educar nossos filhos, escolhemos uma das casas para recebê-los e nos dividimos para garantir a alimentação do grupo”, conta. Segundo Roberta, a formação da nova escola foi acontecendo aos poucos e o processo que exigiu muita flexibilidade, engajamento e noção de comunidade. “Queríamos uma escola do tamanho do mundo”, finaliza.
Ana Cláudia Marques, socióloga e pesquisadora apresentou o caso de sucesso da organização sem fins lucrativos, Broto Brasilis, que há 15 anos vem atuando com projetos que visam firmar a cultura local e incentivar a agricultura familiar. De acordo com ela, que é também a atual presidente, a matriz pedagógica para as roças da Mantiqueira funciona através da educação, da geração de renda e do fomento da agroecologia.
Três experiências que dizem de educação de forma viva, se fazendo dia após dia, onde educadores e comunidade são um só, trazendo para roda conhecimentos, saberes e fazeres.
Já que o assunto é educação, vamos conversar sobre educação a partir da nossa prática de educador?
O convite é para colocar o nosso fazer educacional no centro da mesa e conversar sobre o que acontece quando estamos atuando e nos relacionando com um grupo.
Veja no facebook o evento que estamos criando e vem conversar com a gente https://www.facebook.com/events/1912850645608633/
Animados com a 1º Edição do Estúdio Aberto que aconteceu no ano passado, em 2016 voltamos a propor a Semana do Fazer, um espaço onde paramos nossos trabalhos para estudar. Pesquisar, testar novos materiais, criar novos processos de fazer e ter a possibilidade de pensar junto com outras pessoas, pois as portas estavam abertas para quem quisesse estudar com a gente.
Neste ano abrimos a semana falando de cor e convidamos nosso querido amigo, artista plástico e especialista em cor, Sergio Gregorio, para propor uma experiência com a aquarela. Aguadas, nuances e transparência assim nossos pinceis foram brincando no papel. com o provável e o improvável da aquarela. Uma experiência em tanto.
Na oficina de carimbo exploramos o linóleo e com muito cuidado novos padrões e desenhos foram surgindo. Os carimbos que criamos com o linóleo usamos na oficina de estamparia e texturas em papel e viraram lindos padrões na papelaria para no futuro virar capas para os cadernos da Veio de Lá uma iniciativa incubada pelo In Totum.
Hora de estudar os tecidos, superfície que tanto gostamos e que propomos várias atividades ao longo do ano aqui no estúdio. Foi um laboratório de retecido, várias superfícies foram criadas, costuradas, bordadas. A oficina estava cheia e a criatividade coletiva foi além de um simples pedaço de pano. No final, a nossa netinha, Isa, ganhou várias mini saias.
Na oficina de tingimento vários testes com a impressão botânica e os pigmentos naturais. Colhemos folhas e flores pelas ruas, amarramos nos tecidos e mergulhamos nos caldeirões para o banho tintório. Valeu a experiência, mas precisamos pesquisar mais..
Uma das novidades deste ano foi sair do nosso espaço o “Estúdio na Rua”. Saimos para pesquisar os FABLAB e ficamos encantados com tantas possibilidades que ele nos apresentou. Impressoras 3D, corte a laser, laboratório de marcenaria… um espaço que permite você prototipar ideias e ter seu objeto fisicamente realizado. Vale conhecer e usar.
Preparamos uma oficina de gravação de telas e impressão em silkscreen para ser realizada no Instituto ACAIA. Foi a vez de trabalhar junto com os instrutores/artistas do Instituto. Cada um preparou seu desenho e então fizemos as telas, por fim imprimimos nos tecidos e em papel. Um dia de muito trabalho e divertimento.
À noite foi a vez da Roda de Conversa e o tema girou em torno da educação “Educadores livres e suas práticas. O que nos faz educadores e nosso papel na educação”. Quando me vejo um educador?! Para mim fica forte, o lugar de fazer junto onde todos aprendem com a relação e as histórias de vida das pessoas.
Mais uma vez fechamos a semana inspirados com esta ideia de ensinar e aprender juntos. Inspirados pelo processo manual de fazer e pensar. De poder ser autor e colocar no mundo algo com significado. De criar espaço para nos olharmos e olhar para o outro com este jeito “in totum” de ser.
Até o ano que vem. Nos vemos na última semana de julho!!
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