EDUCAÇÃO INCLUSIVA – DA PRÁTICA, À TEORIA, À PRÁTICA. OUTRAS FORMAS DE ENSINO QUE CAMINHAM NA FRONTEIRA DO FORMAL E INFORMAL.

Um convite para falar de outras formas de aprender no CIES – Comparative and International Education Society 2016 . Uma parceria com a Burda Brasil e In Totum onde falamos deEducação Inclusiva – da prática, à teoria, à prática e outras formas de ensino.

 

Na próxima semana, estaremos no Canadá apresentando um pôster sobre o Projeto Social que escrevemos para a Burda Brasil apoiado em sua metodologia de moldes, corte e costura e que está sendo aplicado Obra Social Dom Bosco – Itaquera – SP.

Abaixo um pouco do que estamos falando :)

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ABSTRACT

A proposta do projeto de educação inclusiva “aprender fazendo” é desenvolver um conjunto de técnicas e práticas educativas na área da costura para a inclusão social, a melhoria da autoestima e geração de renda das mulheres que encontram-se em vulnerabilidade social.

 

Segundo a UNESCO (2015), “As desigualdades sociais no Brasil afetam diretamente as diversas condições de acesso à educação no país”. Essas desigualdades são percebidas tanto no acesso quanto nos resultados educacionais das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros, penalizando alguns grupos etnorraciais, a população mais pobre e do campo, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na idade adequada. De acordo com IBGE (PNAD, IBGE 2014), 8,3% da população brasileira são analfabetos, aproximadamente 13 milhões de pessoas.

 

No Brasil, 35% dos municípios encontram-se em vulnerabilidade social na faixa de “alta a muito alta” (IPEA, 2015), com indivíduos ou grupos inteiros para as quais os recursos materiais ou simbólicos ainda encontram-se indisponíveis, sejam eles o acesso à estrutura de oportunidades sociais, econômicas ou culturais que provêm do Estado, do mercado e da sociedade. Esse resultado se traduz em debilidades ou desvantagens para o desempenho e mobilidade social desses atores (ABRAMOVAY, 2004).

 

Apresentar um projeto de ensino com base no “aprender fazendo” e voltado para adultos, jovens e, em especial, para mulheres que encontram-se em condições sociais de risco e com baixo nível de escolaridade, pode contribuir para promover a entrada dessas pessoas no mercado de trabalho, possibilitando sua inclusão social por meio de uma capacitação que propicie a geração de renda.

 

EFA Global Monitoring Report, UNESCO 2015, apresenta como seu objetivo 3: “Garantir acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida”. O Projeto atua de acordo com objetivos educacionais da UNESCO, que são promover habilidades para jovens e adultos como uma ferramenta educacional para melhoria do indivíduo.

 

Ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. (FREIRE, 1996).

 

A ideia de estruturar o ensino pelo fazer voltado para esses grupos/comunidades decorre da limitação em estabelecer o entendimento apenas pela escrita/leitura, pois se trata de espaços sociais e modos culturais cujas dificuldades imanentes exigem novas maneiras de compreensão e ação.

 

A transmissão de conhecimento se dá pela prática e a vivência é o fator principal para que se consolide o aprendizado, tornando mais imediata a assimilação, ao se vivenciar, na experimentação, o caminho de construção do conhecimento.

 

A busca da unidade, em que teoria e prática são componentes indissolúveis da práxis, autônomas, mas complementares, é a constituição de um todo único numa relação de interdependência e reciprocidade. A teoria não mais rege a prática e a prática não significa mais a pura aplicação da teoria (CANDAU e LELIS, 2008; VÁZQUEZ, 2007).

 

O projeto de ensino “aprender fazendo” está orientado para a capacitação em confecção de moda, baseada em uma metodologia de práticas do fazer orientadas por professores, apoiados na metodologia Burda para confecção do vestuário. A BurdaStyle é uma publicação mundial de moldes de costura. Criada em 1950, na Alemanha, e publicada em 90 países e em 28 línguas diferentes (DEUTSCHE WELLE, 2009), tem nos moldes e nas informações gráficas o documento visual para estabelecer as práticas do fazer, além de publicar informações atuais de moda e promovendo, pela leitura e visualização das imagens, as informações para a construção de vestuário.

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O projeto divide-se em disciplinas teóricas e práticas, que enfatizam os estudos e os primeiros passos para a inserção do indivíduo no universo da moda através do conhecimento, da criatividade e do “saber-fazer”. Aulas práticas e presenciais com o foco em produto de vestuário, apoiadas na metodologia Burda e pela facilidade de compreensão gráfica que os moldes da revista Burda oferecem (ver/ler os croquis, riscar, cortar e costurar), permitem que o aluno desenvolva cada etapa da confecção sem dispersão de conhecimento, objetivando o desenvolvimento de habilidades e apreensão do conhecimento, além de acesso à cultura de moda pela leitura em grupo, tecnologia têxtil, criatividade, sustentabilidade, customização e noções básicas para gerenciar e empreender um negócio de costura.

 

Buscar a valorização do ser humano e a inserção social, autoestima pessoal, valorização do grupo, apreensão do conhecimento através da práxis é um caminho vigoroso para a autonomia do fazer: criar, desenvolver, produzir e reproduzir para  inovar.

 

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. (FREIRE, 2013)

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Para celebrar 2015 junto com você!

POR ONDE ANDAMOS EM 2015, O QUE FIZEMOS E O QUE NOS INSPIRA A SEGUIR COM ESTE JEITO IN TOTUM DE FAZER.

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Assim caminhamos em 2015, um ano incrível de trabalho, processos e fazeres. Lançamos o novo site da In Totum, contamos nossa história na CO•MO•VER. Abrimos o Estúdio para nos estudarmos na “Semana do Fazer” e no final do ano um encontro aberto de estamparia para reencontrar nossos alunos e conversar sobre outras possibilidades de criar e  estampar outras superfícies quando a Andrea e a Valéria nos mostram os adesivos de azulejos impressos e assim ganhamos uma nova parceria com a Dona Cereja. Ultrapassamos 1000 seguidores no facebook e agora, com a ajuda do Grupo Beija-flor, alunos do Curso de Mídias Sociais da ETEC Parque da Juventude, estamos perto dos 1400 “amigos”.

 

Ao longo do ano, arrumamos e mudamos o estúdio várias vezes e fechamos 2015 com mais uma sala… a “Sala Aberta In Totum” que para o próximo ano queremos dividir com os amigos e vê-la sempre ocupada, dividindo conhecimentos e fazeres.

 

Dois projetos com parceiros além de preciosos, enchem nossos olhos… ALAIA Wintercamp e Mini-Residência do fazer e do pensa. Eu lá, eu cá!  ALAIA Turismo, Noetá e In Totum caminhando lado a lado com o olhar para dentro e para fora, promovendo experiências e vivências em outros lugares que não somente aqueles em que vivemos. Entraremos em 2016 na busca de realizar estes projetos e mais alguns outros que estão na incubadora, não é mesmo Raquel, Florentine…!

Curso de estamparia digital usando ferramentas do photoshop

Muito nos orgulha os Cursos de Estamparia promovidos no Espaço In Totum, 4 Edições do Curso de Estamparia Digital Avançado e 3 Edições do Processo Criativo do Manual ao Digital, passando por aqui 42 alunos, hoje mais do que nunca amigos e inspiradores, nos ensinando que precisamos levar ao mundo um pouco do que sabemos para aprender muito mais com o que o mundo tem a nos ensinar.

 

Nas assessorias, Marcia, Cyntia e Beth trilharam seus caminhos de aprendizagem e agora começam a colocar no mundo seus produtos.

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Ao lado de Parceiros do Fazer, Oficinas e Rodas de Conversas falaram sobre o feminino, sobre o masculino, sobre o fazer e o pensar, mandalas, o sentido da cidade, fizemos mandalas, criamos e desenhamos poesia ilustrada, textura e padrões customizando diversas superfícies.

 

6 Oficinas | 52 pessoas | ao lado de Anna Gallafrio, Instituto Pró Libera, Nina Veiga, Moda FMU, TOKAstudio. Que bom que estivemos juntos!

 

Na Roda de Crochê três mulheres se encontraram para “crochetar” mantas e tecer conversas sobre a vida. Momentos muito especiais com Lucia e Titi.

 

Sem falar da Veio de Lá e suas Oficinas de Cadernos Inspirados, 4 edições ao longo do ano e mais 1 de Projetos Especiais –  34 pessoas se inspiraram para contar suas histórias. Esta iniciativa incubada pela In Totum cresce com o seu jeito de fazer, pensar mundo e contar histórias – 126 Cadernos vendidos e inspirando “mundos”.

 

Em 2016, a Agenda começa cheia e já com novos convidados… Sergio Gregorio falando sobre o processo criativo e a arte de fazer estampas,  Andreia Kusaba com a oficina de Bonecas e História da Arte, a Veio de Lá chegando com seus cadernos inspirados. Todos com seus dias agendados e é claro alguns outros caminham em conversas.

No começo do ano, fomos convidados a participar da Expo Burda e lá falamos muuuuuito. Palestras e conversas sobre o mundo da costura, tecidos, empreender um negócio, o seu jeito de fazer, máquinas e ferramentas. Foi incrível estar lá e conversar com as pessoas que costuram roupas e sonhos. Tivemos nossos 15’ de fama participando do Burda na TV em três edições ao lado de Claudia Pacheco e Renata Ruiz no programa Vida com Arte. Obrigada pelos convites!

 

Muitas outras conversas aconteceram sobre o Projeto Social da Burda que em 2016 começaremos o ano fazendo um piloto na Fundação Dom Bosco e participando do CIES – Comparative International Education Society no Canadá… e é pra lá que vamos!

Projeto social com mulheres e comunidades

Na linha de “empreender é realizar sonhos” a Noetá nos convida a participar de uma oficina no Instituto IPÊ junto com as Mulheres Bordadeiras de Nazaré Paulista e lá, em meio a natureza, alinhavamos futuros e entendemos juntos, ao lado de mulheres fortes e fazedoras, o que nos faz sentido em nosso fazer. Obrigada Ana pelo carinho e oportunidade!

 

Continuamos caminhando ao lado do Instituto IPÊ e desta vez fomos até o Pontal do Paranapanema com as mulheres artesãs dos assentamentos da região. Naquele lugar ouvimos histórias, construímos identidade… de onde viemos e o que queremos contar ao mundo através de nossos trabalhos manuais quando desenhamos e bordamos em pedaço de tecido e vimos também a importância de juntar o conhecimento e tecnologia da Instituição com o conhecimento e a sabedoria do povo. Nestas oficinas, mais uma vez, vimos a essência da vida de ser, estar e amar. Momentos simplesmente lindos de serem vividos. Fernanda, obrigada pela confiança e pelas conversas inspiradoras!

 

Nos processos de comunicação com consciência, várias propostas surgiram e muito exercícios realizamos ao pensar propostas para Gabriel, Du Rombauer, Casa Causa, Lari, Casa do Zeca e outros.

 

Três processos de comunicação caminharam com a gente neste segundo semestre de 2015…

Processos de comunicação e identidade

Mauricio Curi trouxe a CO•MO•VER para entender o seu ciclo de inspirar pessoas para transcenderem a sim mesmos e com isso inspirarem novas pessoas e por meio deste movimento gerar transformações.  e assim dar forma à CO•MO•VER e comunicar ao mundo o seu jeito de fazer.

 

Patricia Busatto em seu processo foi construindo seu discurso e entendimento de como se mostrar ao mundo, de um lugar que sustenta o indivíduo no todo para pensar o diferente sob o olhar do goethianiso e da antroposofia. Continuamos em fevereiro para desenhar sua identidade visual.

 

A Noetá chega para clarear seus processos de reflexão e de pensar mundo e ainda em percurso, caminhando em seu processo para fechar seu ciclo no próximo ano.

Foi realmente incrível viver estes processos com vocês. Gratidão!

 

Fechamos o ano com a nossa “Festa da Firma” e com Bazar a Muitas Mãos um jeito de convidar pessoas que como nós adoramos o feito a mão. Cristina, Ana Isa, Renata, Pili, Tati, Ana, Leila, Vivi e Fernanda com Instituto IPÊ foi muito bom ver vocês participando do bazar, além de todos que aqui estiveram para celebrar e brindar com a gente este lindo ano. Foi uma bonita festa!

 

Bem, tudo isso pra contar que estamos muito felizes com os caminhos que trilhamos este ano na In Totum ao lado de tantas pessoas lindas, de processos ricos e verdadeiros. Obrigada vida! Seguimos nutridos e inspirados para caminhar em frente com este jeito In Totum de fazer. Valeu 2015, foi incrível viver esta jornada em seus 365 dias! Que venha 2016…

COMUNICAÇÃO COM CONSCIÊNCIA

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“…chegar ao único de cada um”

 

O que é comunicar? É falar… se apresentar… tornar algo público?

De que forma, comunicamos algo que criamos e estamos colocando no mundo? Como fazemos esta comunicação? Será que a comunicação pode ser feita por quem está fazendo – criando – vendendo – trabalhando?

 

A Comunicação com Consciência nasce quando acreditamos que todos nós somos os melhores comunicadores daquilo que estamos fazendo para e no mundo. E que não existe comunicação que não venha do sentido, dos conceitos, dos valores das pessoas que estão fazendo algo, gerando algo novo para a sociedade seja ele um produto, um serviço, um movimento.

 

Foi refletindo sobre o modelo de criar a comunicação atual, muitas vezes realizado por especialista de comunicação externo, e a partir de nossas inquietações sobre sentido, autoria, empoderamento das pessoas em realmente se sentirem representadas por sua mensagem, imagem e discurso, que começamos a pensar em um processo de criar a comunicação e alinhamento de discurso. O que muda na comunicação e em você quando se tem consciência do que de verdade faz sentido sobre aquilo que estamos comunicando?

 

O processo foi criado a partir de um convite de um grupo que estava se organizando para criar uma logomarca para sua nova empresa e uma provocação nossa de fazermos isso junto, fora da lógica atual. O desafio foi de desenvolver um processo, com exercícios e atividades que ao final de cada encontro o que era colhido alimentava o desenho do próximo tema a ser provocado no encontro seguinte. Um ambiente seguro de criação e desenho era necessário para o grupo de três pessoas, praticarem a representação da nova empresa em palavras e imagens. O processo foi se revelando maior do que a montagem de uma logomarca, autorizando as pessoas a olharem para aquilo que elas estavam colocando no mundo e fazendo isso de forma verdadeira, genuína, dizendo do que fazem na essência com muito valor e consciência, desenhando em conjunto o discurso, mensagem, palavras fortes, marca, imagens com significado e sentido.

 

O que muda na comunicação e nas pessoas com esse jeito de fazer e pensar a Comunicação com Consciência? Neste processo todo de alinhavar desejo, jeito de fazer, o que e como se faz somados aos valores, saberes e conceitos que são próprios do indivíduo ou do grupo, acaba por revelar a essência e a verdade do que se está querendo colocar no mundo, sem máscaras ou palavras e expressões muitas vezes vazias. Esse jeito coloca o novo em sua inteireza para ser visto e falado de maneira que todos escutem o que de verdade está sendo dito.

 

Conheça alguns processos de comunicação com consciência

Estúdio Magnólia  |  TopX Group  |  MuM Design Têxtil | Artéria

e saiba mais “o que fazemos”

Fiar ideias: a fiação artesanal como declanchadora de ideias

“É na imperfeição do feito a mão que entendo o carinho em que as  relações são alinhavadas e quando regadas duram para além de uma vida. Assim me sinto ao lado de pessoas fazedoras, alinhavando relações e realizando conversas fiadas ao encontro da essência do viver.”

 

Em nossas Oficinas do Fazer, vamos receber Nina Veiga em uma Roda de Fiar, um encontro de fiação artesanal para uma experiência, com base em sua tese de doutorado, de investigar as artes manuais como uma zona de indiscernibilidade entre as ideias, sua comunicação e materialização, onde as sensibilidades em devir possam se dar. Durante o encontro, teremos uma prática de introdução à fiação.

 

O fazer que inspira a descoberta para além da intenção, onde no fluxo do movimento, enquanto “fazendo”, deixam vir ideias novas. Um encontro inventivo “comigo”, com o pensar no que faço e como faço no meu dia a dia.

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Deixamos aqui, uma crônica escrita por Nina, como inspiração :)
Boa leitura!

 

Os alfinetes na boca espetavam-lhe uma vez ou outra a língua. Gostava daquela dor, lembrava-lhe de que estava viva. Não a deixava esquecer de que afrouxar as fronteiras entre ser dona de casa, empresária e artista da moda, era quase sempre caótico, doía, custava, mas fazia-a sentir-se viva. Lutava para dar caimento a uma gola, mas a malha teimava em seguir outra direção. Há muito sabia que, não adiantava o que fizesse, a malha sempre vencia.  Naquelas horas, atribuía a teimosia da gola ao curso de design que nunca frequentou. Tolice, dizia depois, de si para si, as estagiárias das Belas Artes que cá estiveram, tinham desenhos perfeitos e elaborados, belas ideias, mas não sabiam como fazer para que saíssem do papel. Por isso, respirou fundo e deixou-se levar pelo fluxo da malha. Queria tanto a gola de um certo jeito… ideias. Pudesse ela trabalhar sem ideias prévias. Somente entrar em contato com os elementos e deixar-se conduzir junto ao movimento e, aí sim, abrir-se às ideias…. Um cheiro forte invadiu o atelier situado logo abaixo da cozinha, na grande casa, em frente à Serra de Santo António. O arroz! às pressas, cuspiu os alfinetes em cima da mesa, deixou a malha fazer o que bem quisesse e subiu as escadas de um fôlego só: tarde demais! Pegou na panela fumegante pela alça, queimando um pouco a mão. No sumiço repentino do pegador, agarrou o pano de prato e completou o trajeto até a pia. Lançou um jato de água sobre a pedra fria, pousou a panela quente sobre a poça que se formou e escutou o chiado com um misto de encantamento e desespero. Tarde demais! outra vez o arroz queimado! O marido tinha razão: estás sempre com a cabeça à lua, ana! Ainda tentando raspar a crosta escura do fundo da panela, lembrou-se de que se havia esquecido de acrescentar arroz à lista de compras. Foi o último.  Faria macarrão. Um bom macarrão instantâneo resolveria o jantar. Então percebeu, no movimento da água sobre a panela, a solução: está lá! A gola! Sim, basta-me isso e a malha cairá de maneira especial. Desceu as escadas rumo ao atelier aos saltos de dois em dois, agarrou os alfinetes em cima da mesa, um deles espetou-a bem em cima do recém-queimado da mão. Sentiu dor, sentiu vida. Está cá: a gola caidinha, não do jeito que havia imaginado como ideal, mas ainda melhor: uma relação de intensidade entre o material e a ideia, o perfeito possível. Estava alegre quase eufórica. Criar o possível! Era isso que a mantinha plena e viva. Cozinharia um macarrão chinês com legumes e shoyu para o jantar. E acenderei as velas. Uma grande noite! Se o marido perguntasse o que estavam celebrando, com o jantar especial, apenas sorriria. Difícil explicar a potência que sentia. Ele não entenderia a alegria que se dá na mistura de um arroz queimado com gola de malha, queimadura e espetadas.  

 

Para saber mais sobre o encontro, veja em nossa Agenda – Roda de Fiar

Estamparia Digital

Por muitos anos a indústria têxtil utilizou de métodos de estamparia em tecido que estavam limitados pelo número de cores e tamanho do rapport (motivos de repetição) nas técnicas de Quadro (Silk Screen) e Rotativa (Cilindros) nestas técnicas as estampas passavam por várias etapas até sua impressão sobre o tecido. O desenho da estampa tinha limitações quanto a fidelidade da imagem, um exemplo disso era a impossibilidade comercial de se trabalhar com fotografias, imprimir e reproduzi-las com alta qualidade.

 

Nos últimos anos, com o avanço tecnológico, surgiu a Estamparia Digital, que nada mais é que o processo de fazer a estampa com uso de scanners e softwares de desenho para imprimir um padrão diretamente no tecido, não tem mais etapas intermediárias, como preparação dos suportes de impressão das técnicas anteriores. Dessa forma a estamparia digital é realizada diretamente do computador para a impressora, como na folha de papel da sua ”impressora caseira”. Permite imprimir em milhões de cores, sem limites no tamanho de rapport com qualidade igual ou superior na fidelidade da imagem, cores e riqueza de detalhes.

Curso de estamparia digital usando ferramentas do photoshop

Os custos ainda são maiores do que os métodos tradicionais, mas deve-se considerar que o processo é “eco friendly”, pois utiliza 75% menos água, menos componentes químicos, menos desperdício de matéria prima e menos desperdício no produto final. Por esses e outros motivos, como obtenção de imagens de maior qualidade e melhor acabamento, acredita-se que o processo da Estamparia Digital deve ser adotado como o método de maior uso na Indústria Têxtil em curto prazo.

 

É uma revolução que já aconteceu no mercado e só tende a se firmar. Quando as primeiras impressoras têxteis diretas surgiram no mercado, era muito caro produzir tecidos estampados digitalmente e hoje, por causa da demanda e avanços tecnológicos os preços caíram cerca de 50%, e já é uma realidade presente nas prateleiras de diversas lojas e seguimentos.

 

Se interessou pelo assunto? Quer se atualizar? Semana que vem começa o último módulo do Curso de Estamparia Digital Avançado de 2015. Corre que ainda dá tempo!

Somos o Grupo Beija-flor…

O grupo foi criado a partir da união de jovens talentos interessados em desenvolver um trabalho de comunicação voltado para as redes sociais, é composto por oito alunos do curso de Práticas em Mídias Sociais, uma parceria entre o portal Catraca Livre e a Etec Parque da Juventude.

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A Equipe Beija-flor escolheu a família In Totum para colocar em prática o que aprendeu no curso. Esse trabalho prevê resultados promissores, visto a dedicação de cada um dos integrantes e claro, o grande carinho pelo qual fomos recebidos pela In Totum.

 

Reunimos esforços, para assim como a proposta da empresa, difundir mensagens inspiradoras que levem ao público uma nova percepção no que se diz respeito à Comunicação com Consciência, Oficinas do Fazer e Cursos voltados à área têxtil como Estamparia Manual e Estamparia Digital.

 

Sejam muito bem vindos!

Vocês estão convidados a compartilhar e construir conosco experiências, realizações, histórias, sonhos, questionamentos e soluções, para que possamos potencializar nossa história e alcançar nossos objetivos. Sintam-se também abraçados!

 

Grupo Beija-flor

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